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2012 - Livro Vermelho 2013

Handroanthus albus (Cham.) Mattos LC

Informações da avaliação de risco de extinção


Data: 10-09-2012

Criterio:

Avaliador: Luiz Antonio Ferreira dos Santos Filho

Revisor: Tainan Messina

Analista(s) de Dados: CNCFlora

Analista(s) SIG:

Especialista(s):


Justificativa

Handroanthus albuscaracteriza-se por árvores terrícolas, perenes, deciduifólias, hermafroditas, eapresenta síndrome de dispersão anemocórica. Ocorre nos biomas Mata Atlântica eCerrado, desenvolve-se em floresta estacional decídua, floresta estacionalsemidecídua, floresta ombrófila e floresta ombrófila mista, em solosencharcados, à beira de mata de encosta. Espécie de crescimento lento, sendo utilizadaem projetos de restauração florestal. Apresenta EOO de 2.566.899,318 km². Protegidapor unidades de conservação (SNUC). Não ameaçada no âmbito nacional.

Taxonomia atual

Atenção: as informações de taxonomia atuais podem ser diferentes das da data da avaliação.

Nome válido: Handroanthus albus (Cham.) Mattos;

Família: Bignoniaceae

Sinônimos:

  • > Tabebuia alba ;
  • > Tecoma alba ;

Mapa de ocorrência

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Informações sobre a espécie


Notas Taxonômicas

Nome popular: "ipê-da-serra", "ipê-branco" (Lohmann; Pirani, 1998). Apesar das flores amarelas, o epíteto "albus" refere-se ao tomento branco das folhas jovens (Lohamnn; Pirani, 1998).

Distribuição

Espécie não endêmica do Brasil, ocorrendo também em Missiones, Argentina (Lohmann; Pirani, 1998). No Brasil é encontrada nas regiões Sudeste (Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro), Sul (Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul) (Lohmann, 2012). Encontrada entre 300 e 1000 m de altitude (Lohmann; Pirani, 1998), além da Bahia, Maranhão e Amapá (CNCFlora, 2012).

Ecologia

Árvore de até 5 m de altura (Lohmann; Pirani, 1998) encontrada em Mata Atlântica (Lohmann, 2012), em floresta estacional decídua (Ruschel et al., 2003), estacional semidecídua (Oliveira-Filho; Machado, 1993), floresta ombrófila (SPSF 26368), ombrófila mista (Rondon Neto et al., 2002) e no Cerrado(Lohmann; Pirani, 1998). Na Serra do Cipó é encontrada em solo encharcado, à beira de mata de encosta (Lohmann; Pirani, 1998). Floresce de Julho a Setembro, após a queda de folhas (Lohmann; Pirani, 1998). É utilizada em projetos de restauração florestal, como espécie de crescimento lento (Hüller et al., 2009).

Ameaças

1.3.3.2 Selective logging
Detalhes ​O ipê-amarelo foi e é bastante utilizado como espécie madeireira. Em Santa Catarina, a madeira serrada custava R$ 353,00 em 1999 (Ruschel et al., 2003).

Ações de conservação

1.2.1.3 Sub-national level
Situação: on going
Observações: Vulnerável (VU). ​Lista vermelha da flora de Minas Gerais(COPAM-MG, 1997).

4.4.2 Establishment
Situação: on going
Observações: Encontrada nas seguintes unidades de conservação:​Parque Estadual do Ibitipoca, MG, Parque Estadual Instituto Florestal, SP, Estação Biológica do Alto da Serra de Paranapiacaba, SP, entre outras (CNCFlora, 2012).

Usos

Referências

- LOHMANN, L.G. Bignoniaceae in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro, Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponivel em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/2012/FB114069>.

- CONSELHO ESTADUAL DE POLÍTICA AMBIENTAL, MINAS GERAIS. Deliberação COPAM n. 85, de 21 de outubro de 1997. Aprova a lista das espécies ameaçadas de extinção da flora do Estado de Minas Gerais, Diário Oficial do Estado de Minas Gerais, Diário do Executivo, Belo Horizonte, MG, 30 out. 1997, 1997.

- GROSE, S. O.; OLMSTEAD, R. G. Taxonomic Revisions in the Polyphyletic Genus Tabebuia s. l. (Bignoniaceae). Systematic Botany, v. 32, n. 3, p. 660-670, 2007.

- GENTRY, A.H. Bignoniaceae: Part II (Tribe Tecomeae). Flora Neotropica, v. 25, n. 2, p. 1-370, 1992.

- HÜLLER, A.; COELHO, G. C.; LUCCHESE, O. A.; SCHIRMER, J. A Comparative Study of Four Tree Species Used in Riparian Forest Restoration along Ruruguay River, Brazil. Revista Árvore, v. 33, n. 2, p. 297-304, 2009.

- LEAL, L.; BIONDI, D.; ROCHADELLI, R. Custos de Implantação e Manutenção da Arborização de Ruas da Cidade de Curitiba, PR. Revista Árvore, v. 32, n. 3, p. 557-565, 2008.

- LOHMANN, L.G.; PIRANI, J.R. Flora da Serra do Cipó, Minas Gerais, Bignoniaceae. Boletim de Botânica da Universidade de São Paulo, v. 17, p. 127-153, 1998.

- OLIVEIRA-FILHO, A. T.; MACHADO, J. N. M. Composição Florística de uma Floresta Semidecídua Montana, na Serra de São José, Tiradentes, Minas Gerais. Acta Botanica Brasilica, v. 7, n. 2, p. 71-88, 1993.

- RONDON NETO, R. M.; WATZLAWICK, L.F.; CALDEIRA, M. V. W.; SCHOENINGER, E. R. Análise Florística e Estrutural de um Fragmento de Floresta Ombrófila Mista Montana, Situado em Criúva, RS - Brasil. Ciência Florestal, v. 12, n. 1, p. 29-37, 2002.

- RUSCHEL, A. R.; NODARI, E. S.; GUERRA, M. P.; NODARI, R. O. Evolução do Uso e Valorização das Espécies Madeiráveis da Floresta Estacional Decidual do Alto-Uruguai, SC. Ciência Florestal, v. 13, n. 1, p. 153-166, 2003.

- SILVA, L. M.; HASSE, I.; MOCCELIN, R.; ZBORALSKI, A. R. Arborização de Vias Públicas e a Utilização de Espécies Exóticas: O Caso do Bairro Centro de Pato Branco/PR. Scientia Agraria, v. 8, n. 1, p. 47-53, 2007.

Como citar

CNCFlora. Handroanthus albus in Lista Vermelha da flora brasileira versão 2012.2 Centro Nacional de Conservação da Flora. Disponível em <http://cncflora.jbrj.gov.br/portal/pt-br/profile/Handroanthus albus>. Acesso em .


Última edição por CNCFlora em 10/09/2012 - 22:11:09